“O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”. (Martin Luther King)

segunda-feira, 18 de março de 2013

PÉSSIMA SITUAÇÃO DAS ESCOLAS DO ESTADO VOLTA A SER DESTAQUE NA IMPRENSA



Somente hoje, dia 15/03, três escolas da rede estadual de ensino de SC foram destaque na imprensa. No Diário Catarinense a falta d’água e a exposição das fiações elétricas, destacaram a situação de duas Escolas de Florianópolis, Lauro Muller e Getúlio Vargas. Segundo a reportagem, 1,6 mil alunos estão sem aulas.

Na EEB Lauro Muller há uma semana não tem água, devido a problemas no encanamento do prédio e do motor que bombeia a água que queimou. No Getúlio Vargas, que está sem aula desde o dia 20 de fevereiro, já que o prédio foi interditado pela Defesa Civil, a instalação elétrica oferece risco a alunos e professores, contudo a expectativa é do retorno das aulas para a próxima segunda-feira, se todos os reparos forem feitos.

No Jornal do Almoço de hoje, a reportagem mostrou a situação da EEB Daysi Werner Salles, que fica alagada toda vez que chove. São goteiras por todo o prédio, fiações aparentes e estrutura de sustentação comprometida. A mãe de um aluno disse que está tudo ruindo e que se nada for feito a escola vai cair.

Diante do caos, professores são obrigados a limpar as salas alagadas para poder dar suas aulas. De acordo com depoimento de uma professora, ela mesma pregou o forro do teto, para que não caísse na cabeça de seus alunos.


Em dias de muita chuva, os pais nem mandam seus filhos para a Escola, pois já sabem da situação, o que compromete o aprendizado destes estudantes. No laboratório de informática, computadores que deveriam estar sendo utilizados para educar, estragados por conta das goteiras, os que ainda restam estão cobertos por lonas.

Além de todos os fatos já citados acima, outra situação preocupa o SINTE/SC, o fato de uma professora não querer se identificar na matéria, ao expor o que pensa em relação à precariedade da escola. No escuro e com a voz modificada, a professora disse que há anos não há reformas no prédio, e que o mesmo oferece riscos a alunos e professores. Ela afirmou ainda que a GERED já foi informada de toda a situação, mas que nenhuma resposta foi dada a Escola.

Mas porque essa profissional precisou esconder seu rosto e sua voz? O que a amedronta? Ameaças, retaliações… Assédio Moral? Infelizmente, o sindicato recebe muitas denúncias de educadores que vivem um verdadeiro martírio em seus locais de trabalho, onde são obrigados/as a se calar diante dos problemas, sob a pena de sofrer perseguições. O SINTE orienta esses profissionais que estão sofrendo de ASSÉDIO MORAL em suas escolas, que entrem em contato com o sindicato, para que possamos tomar as medidas necessárias.

Para finalizar a reportagem, o Jornalista Mário Mota disse que não há previsão de recursos para a reforma desta escola, e que ela não consta da lista de prioridades do Governo. A prioridade do Governo deveria ser a vida destes seres humanos, que são obrigados a conviver em sérias situações de risco.

O SINTE/SC reafirma mais uma vez que está reunindo documentação para denunciar o descaso do Governo com as escolas e com as pessoas que nelas convivem, ao Ministério Público.

Por isso pedimos mais uma vez as Regionais do SINTE, a todos os trabalhadores da educação, alunos e pais que não se intimidem, que solicitem vistorias nas escolas no Corpo de Bombeiros de suas cidades, que fotografem, filmem os problemas da sua escola, façam relatórios e enviem ao SINTE/SC através dos e-mails: sinte-sc@sinte-sc.org.br,sintesc@gmail.comimprensa@sinte-sc.org.br ou entrem em contato pelo telefone 48 3224-6257. Quanto mais documentos e provas tivermos, mais difícil será aos poderes públicos fecharem os olhos diante dos absurdos que vem acontecendo na educação catarinense.

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