Com o anúncio do MEC de reajuste do Piso Nacional do Magistério de 7,9% em 2013, todos os profissionais da educação esperavam receber o aumento na sua folha de janeiro, contudo, mais uma vez o reajuste foi pago apenas para os trabalhadores cujos vencimentos não atingiam o Piso atual de R$1.566,48, os demais ficaram de fora.
O SINTE/SC já previa este tipo de atitude por parte do governo, levando em conta que a aplicação do reajuste de 2012 foi feita da mesma forma e após, um ano de jogo de “empurra empurra”, dos 22,22% devidos à categoria, pagou apenas 8%. Desta forma, a tabela que já estava achatada agora não é mais um “sanduíche”, virou um misto quente prensado, pois quem tem nível superior está ganhando quase a mesma coisa dos que tem ensino médio.
Apesar de tudo isso, o mais interessante, é que tanto o Governador, quanto o Secretário da Educação estão mais preocupados em fazer uma sindicância a respeito dos atestados no magistério, estes que em sua grande maioria são pedidos de socorro, de profissionais exaustos, doentes, com depressão, e ainda sofrem com a politica de baixos salários adotada pelo governo.
Perguntamos então a estes senhores: Como fica o ânimo destes profissionais que em breve iniciarão o ano letivo? Não é preciso ser nenhum especialista em questões psicológicas para responder que a sensação é de revolta pelo tratamento desrespeitoso e pelo descaso demonstrado com a educação e seus/as trabalhadores/as.
Ciente do desgaste sofrido pela categoria durante a greve de 2011, o sindicato buscou incessantemente o caminho da negociação, e sentou com o governo durante todo o ano de 2012 não apenas para tratar de salário. Nestas mesas foram tratados sobre denuncias com o descaso nas escolas, salários atrasados, falta de atendimento do SC/Saúde entre outras.
A categoria cumpriu o acordo feito com o governo e repôs as faltas da greve de 2012, mesmo assim ainda existem problemas pendentes desta reposição. Mesmo assim, o governo usou de todas as artimanhas, para empurrar com a barriga até o final do ano sem que nenhum avanço efetivo acontecesse.
Como podemos observar diante das circunstancias expostas, não temos muita esperança de que algo de novo aconteça Esta atitude do governo deixa um sinal claro para o magistério e para a sociedade catarinense, que a negociação só acontece quando fazemos greve. Somos profissionais e este é o nosso último recurso.
Na próxima segunda-feira, 28/01, o SINTE deverá receber confirmação de uma reunião com o CONER, quando deverá ser apresentada uma proposta de descompactação da tabela. Esperamos que o governo mude sua atitude e nos apresente uma proposta clara, com percentuais e datas, e que a mesma seja implementada corretamente, para que não sejamos empurrados para mais um ato extremo, cujo peso das consequências recairá nos ombros da categoria e da sociedade.
O magistério catarinense merece ter uma carreira digna e condizente com seu profissionalismo, pois é ele que coloca o estado no topo da lista dos melhores avaliados no quesito educação pública.
Neste sentido queremos conclamar a categoria para que se reúna e discuta a situação nas escolas no início do ano letivo e se preciso for, todos juntos, com toda nossa força, iremos para mais um enfrentamento!
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