Governo lança Nota distorcendo a realidade e afirma que
SINTE se retirou da negociação da revitalização da carreira
O
Secretário Estadual de Educação Eduardo Deschamps, emitiu nota publicada ontem,
dia 23/04, no Blog do Jornalista Moacir Pereira, quando declarou que o SINTE/SC
se negou a indicar representantes para continuar a negociação da descompactação
da tabela do magistério, se retirando da mesma. Uma inverdade!
O
que foi decidido pelo Conselho Deliberativo do SINTE, que é composta pelas
lideranças de todo o Estado, é que o Sindicato não vai participar da elaboração
deste projeto, pois não servirá de massa de manobra mais uma vez, a exemplo das
exaustivas mesas de negociações do ano passado que não levaram a nada. Nem mesmo
servirá de trampolim para que esse Governo se promova as nossas custas,
pensando ter o aval do sindicato na tentativa de implantar a meritocracia e a
retirada de direitos, como a incorporação da regência de classe. O SINTE quer
sim negociar, mas com propostas. Pois as nossas eles já conhecem muito bem.
Com
relação ao Piso, o Secretário afirmou que cumpre a Lei. Contudo, o que o
Governo faz é pagar o Piso no vencimento inicial, e não na carreira do
trabalhador, com isso achatando cada vez mais tabela e aproximando-os entre os
níveis e referências, estimulando a desvalorização e o desinteresse na
profissão. Ele diz ainda que o Piso recebeu aumento de 150% no Governo Colombo,
distorcendo mais uma vez a realidade.
Primeiro
o Piso é Lei, então não foi com a bondade do Senhor Governador que o magistério
contou. Segundo, se o piso é pago somente como vencimento inicial e a maioria
dos trabalhadores que atuam em sala de aula já estão em níveis mais elevados da
carreira, menos de 40% destes profissionais receberam este reajuste, pois como
todos já sabem, o piso não é pago na CARREIRA.
Ao
mencionar sobre os recursos de R$ 500 milhões para aplicar na melhoria das
escolas, Deschamps mais uma vez tropeça nas palavras. É preciso deixar claro que o estado tem recebido um grande aporte
financeiro do Governo Federal para investimentos nas áreas sociais, mesmo assim
anunciou com pompa e circunstância o Pacto pela Educação. Isso sem mencionar
que é dever do Estado investir e manter uma educação de qualidade. Nem
trabalhadores, nem sociedade precisa agradece-los por isso.
Podemos concluir
então, que o gasto do governo do estado neste pacto não foi grande coisa. Além
disso, segundo informações obtidas pelo SINTE, não chega a 2 por professor, o
número de tablets que estão sendo entregues. Não precisamos de tablets,
precisamos de escolas com estrutura, que não desabem nas nossas cabeças, que
não coloquem em risco a vida de crianças e trabalhadores.
Sobre a Greve
Nacional, Eduardo afirma que não há motivo para o SINTE organizar qualquer tipo
de paralisação, pois trará prejuízo para alunos e pais. Mas e quando as escolas
não funcionam, desabam, são interditadas e os alunos têm apenas 2 horas de
aulas por dia é o SINTE também que trás prejuízos?
No Jornal Conexão
TVCOM de ontem, a Sra Elza Moretto – Secretária de Educação em Exercício, disse
que não existe Greve em Santa Catarina, que é apenas uma paralisação.
Veja bem Sra Elza: Segundo matéria divulgada no Jornal Brasil de Fato, professores da rede
pública estadual de ensino em todo o país cruzaram os braços nesta terça-feira
(23) e pediram melhores condições de trabalho. São 22 os estados que aderiram
oficialmente ao movimento e os sindicatos do Distrito Federal e demais estados
que não aderiram apoiam formalmente a ação. As paralisações da rede pública
estadual têm adesões também de trabalhadores das redes municipais de ensino
fundamental e médio.
São eles: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás,
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará,
Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo,
Sergipe e Tocantins. Segundo a CNTE, eles podem continuar ou não a greve após
os três dias dependendo das negociações nos locais. Até o momento, São Paulo e
Maranhão deflagraram greve por tempo indeterminado.
A paralisação deve durar três dias.
Vale ressaltar que a Greve dos Trabalhadores do Magistério tem proteção
constitucional. Trata-se de um movimento justo e constitucionalmente assegurado
a todos os trabalhadores públicos e privados, nos termos do art. 9º e do art.
37, VII da Constituição Federal e já foi, inclusive, garantida pelo Supremo
Tribunal Federal (Mandado de Injunção n. 708) e neste caso não foi convocada
pelo SINTE e sim trata- se de um movimento nacional, chamado pela CNTE.
No
mesmo Jornal, a Sra Elza afirmou que apenas 1800 professores estão parados,
contudo, não é essa a informação obtida pelo SINTE/SC através de suas
regionais. Vamos a alguns números preliminares:
REGIONAL
|
PORCENTAGEM DE
ESCOLAS PARADAS
|
CHAPECÓ
|
80%
|
CRICIÚMA
|
80% e 60% NA REGIÃO
|
FLORIANÓPOLIS/SÃO JOSÉ
|
80%
|
ARARANGUÁ
|
60%
|
CONCÓRDIA
|
70%
|
SÃO MIGUEL DO OESTE
|
70%
|
BLUMENAU
|
40%
|
JOINVILLE
|
40%
|
SÃO JOAQUIM
|
80%
|
XANXERÊ
|
40%
|
LAGUNA
|
80%
|
MARAVILHA
|
70%
|
Em
São Joaquim foi marcada a assembleia para as 15h, no dia 23/04/2013 na EEB Martinho
de Haro. Chegando lá os trabalhadores foram impedidos a entrar na Escola por
ordem do Gerente de Educação Anildo Luiz Bertoldo (Pido) da 28ª SDR. Foi
realizada então a assembleia em frente à escola.
Temos conhecimento que em todos os municípios do Estado tem
professores paralisados.
Para amanhã, na ASSEMBLEIA ESTADUAL/ATO, que acontece às 14
horas, em frente ao Centro Administrativo do Governo, a expectativa é de que a
adesão seja ainda maior. Pelo menos dois ônibus de cada regional estarão
chegando a Florianópolis.
Sendo assim, temos a declarar ao Senhor Secretário, que
existe sim a adesão de Santa Catarina a Greve Nacional, e as atividades não
estão garantidas nas escolas e PONTO, como afirmou em sua nota. O Governo está
mantendo alunos e professores à força dentro das escolas. Lançou o CONAE na
escola nesta data, não para DISCUTIR A EDUCAÇÃO e sim com a clara intenção de
DESMOBILIZAR A CATEGORIA. E com certeza
dentro das escolas, a ordem da SED aos seus cargos comissionados (Diretores) é
ameaçar e punir os grevistas com corte no ponto.
Mesmo assim não vamos nos calar, e amanhã teremos um grande
ato do Magistério Catarinense pelo cumprimento dos direitos trabalhistas da
nossa categoria!
Contatos:Alvete Pasin Bedin – Coordenadora Estadual SINTE/SC
(49)9126-1380 (48)9177-3304
Janete Silva – Vice-Coordenadora Estadual do SINTE/SC
(48)9931-1960 (48)9178-9477
Anna Julia Rodrigues – Secretária Geral SINTE/SC
(48) 9178-7029
Graciela Caino Fell
Jornalista Profissional
MTB: 0004455SC
ASSESSORA DE IMPRENSA SINTE – SC
(48) 9178-9026 ou 3224-6257
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