“O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”. (Martin Luther King)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MAIS UM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSOR É REGISTRADO EM SC





O Professor de Educação Física José Luis Vicente, de 48 anos, foi surpreendido por três jovens enquanto dava sua aula normalmente na EEB Melquíades Bonifácio Espíndola, em Balneário Rincão. José foi agredido e chegou a ficar desacordado por alguns segundos. Ele relatou que ao perceber que seria agredido se encostou na parede, em um segundo de descuido tomou um soco tão forte no rosto que “apagou ali mesmo”.

Os agressores são ex-alunos, e invadiram a escola. Inclusive, dois deles, um de 15 e outro de 18 anos, são suspeitos de terem participado de um homicídio registrado no município em abril deste ano. A vítima foi encontrada morta e enterrada nas dunas do Rincão.

Segundo José a falta de segurança no ambiente estudantil permite a invasão corriqueira, já que a escola não oferece o mínimo de segurança, pois não há muros que impeçam a entrada de estranhos, nem mesmo vigilantes.  Ele conta ainda que foi ameaçado de morte pelos jovens, que ao fugirem pulando o baixo muro, disseram que sabiam onde ele morava e que iam o pegar.


A notícia foi destaque na imprensa da região de Criciúma, e demonstra mais uma vez o descaso do Governo com a segurança nas escolas. O SINTE/SC já vem denunciando há muito tempo a falta de vigilantes, muros, grades, enfim, proteção aos professores, funcionários e alunos nas escolas. São muitos os casos de violência na rede pública estadual de educação, isso precisa parar. É obrigação do Estado zelar pela integridade física de seus trabalhadores e estudantes.

Talvez se diminuíssem o número de SDRs, esse grande cabide de empregos, sobraria mais para investir na qualidade da educação, e por esta qualidade passa inquestionavelmente a segurança. Pois são nesses ambientes que crianças, adolescentes e principalmente os educadores, convivem grande ou a maior parte do seu dia. Estes profissionais que saem de suas casas para trabalhar, não para apanhar.

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