“O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”. (Martin Luther King)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Piso:a estratégia e os riscos

O governo executou uma estratégia clara no enfrentamento com os professores da rede estadual de ensino. Estudou as repercussões financeiras de aplicação do piso salarial apenas nas carreiras iniciais. Diz que o benefício atingirá 35.200 professores, mais de 53% do total.
Pretende, naturalmente, dividir a categoria. Muitos dos abrangidos pela medida terão aumento de até 100% na remuneração. Continuarão na greve em solidariedade aos demais colegas e defesa da carreira do magistério? Ou vão retornar ao trabalho com a melhoria pessoal?
Fica evidenciado também que o governo não abriu espaço para negociações. Raimundo Colombo, Eduardo Moreira, Marco Tebaldi e outros receberam os professores para conversar. Negociação real não aconteceu.
Se tivesse havido disposição de negociação o governo teria convidado os dirigentes do Sinte para reuniões de trabalho, exame dos recursos disponíveis, condições de pagar o piso de forma integral na carreira e até a hipótese de um parcelamento.
O secretário Marco Tebaldi foi encarregado apenas de “comunicar” a proposta do governo aos professores. A medida provisória estava pronta para ser assinada.
O Sinte e os professores estão numa encruzilhada. Dizem que a greve continua, mas pode sofrer algum tipo de esvaziamento dos professores em início de carreira.
O governo também faz jogo arriscado em não negociar diretamente. Se não houver redução da greve e os professores partiram para novos enfrentamentos, criando fatos políticos na Assembleia Legislativa e nas comunidades, o governo pode sofrer mais desgaste, os problemas da educação vão aflorar com mais veemência e pode até ...
Postado por Moacir Pereira, às 18:32

Fonte: Blog do Moacir Pereira

Postado por: Comando de Greve Regional

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